Política e eleições: como a comunicação da sua marca é afetada?

Acabamos de viver um grande evento no contexto político, social e econômico de um país: uma eleição presidencial – além da definição de outras posições importantes. 

Toda eleição é precedida de um período de incertezas e instabilidade, o que afeta diretamente a confiança de investidores e empresários, logo, é natural que o mercado seja afetado. 

A insegurança não se relaciona apenas com as decisões de ordem financeira, muitas marcas não sabem exatamente como interagir com este cenário e quais variáveis considerar para fazê-lo em sua comunicação. 

Separamos algumas tendências para análise neste sentido, mas é Importante lembrar que não temos verdades absolutas, cada negócio tem uma história e uma realidade. Entretanto, vale a pena explanar os pontos de atenção para considerar no momento de definir o posicionamento da marca com relação a eventos de impacto em massa. 

Instabilidade x investimento em marketing

A lógica é parecida com a de uma crise, a insegurança faz com que as empresas segurem gastos, mas estagnar investimentos em comunicação pode se tornar um grave problema. 

Contar com uma estrutura mínima de marketing é essencial para manter as marcas na lista de prioridades do consumidor e em destaque frente à concorrência. 

O índice de consumo diminui justamente quando observamos retração no índice de confiança – o que é comum em ano eleitoral. Não é um bom momento para desaparecer.

Nem isentão, nem radical

O Brasil é um país dividido por opiniões políticas bastante polarizadas, o que pode ser uma armadilha diante das tendências de consumo do mundo pós-pandêmico. 

A última pesquisa da plataforma Think With Google aponta que os consumidores esperam que as marcas se posicionem diante de questões de grande importância para a sociedade, entretanto, os valores devem ser apresentados com base em dados e fatos, sem a interferência de achismos, opiniões pessoais ou notícias falsas e, principalmente, sem discurso de ódio e incentivo à violência. 

Ou seja, muita estratégia e equilíbrio para não ficar em cima do muro e uma boa curadoria de conteúdo para blindar a marca e evitar que ela seja descredibilizada. 

Associação direta com partidos

Assim como a associação direta com celebridades, o apoio a candidatos e partidos têm prós e contras. 

A marca passa a estar associada à imagem de uma pessoa, que pode cair nas graças do público e, de um dia para o outro, se tornar alvo do famoso “cancelamento”.

Toda oportunidade é proporcional ao risco, então é possível fazer com que a marca ganhe seguidores com a associação. Entretanto, é mais seguro e longevo ter uma estrutura ética para a marca, clara e assertiva, ao invés de defender diretamente um “lado” ou um político específico. 

Tudo é questão de escolha da estratégia e avaliação das variáveis (boas e ruins). 

Às vezes, é bom perder clientes

Faz parte do amadurecimento de uma marca consolidar uma imagem e neste processo é comum perder alguns clientes. 

Contanto que esta evasão não caracteríze uma crise de imagem – quando a marca passa por situações como linchamento virtual ou perde uma significativa quantidade massiva de clientes de uma só vez – os clientes desertores podem dar espaço a consumidores que se identificam com o posicionamento da marca e, portanto, passam a ser extremamente fiéis. Este pode se tornar, basicamente, um processo de reciclagem e otimização da base. 

  • Resumindo, eventos de grande impacto sobre a vida das pessoas, como uma eleição, são oportunidades para mostrar que a sua marca se envolve com as necessidades do público e é capaz de acompanhar mudanças. 

No entanto, certifique-se de que a estratégia escolhida seja fundamentada por dados assertivos e esteja nas mãos de bons profissionais. 

E o mais importante: seja real e fiel aos seus valores fundamentais, o público se conecta com honestidade e transparência. 

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