COMO OS HÁBITOS DOS BRASILEIROS FORAM AFETADOS DURANTE A PANDEMIA?
Em meio ao cenário criado pela pandemia do COVID-19, as pessoas se encontraram em uma nova realidade diante a necessidade do isolamento social. Mudou-se a rotina drasticamente, inserindo o home office, as crianças em casa, o ensino EAD e etc.
Estas mudanças impactaram em nossa economia. Com a necessidade de fechamento dos comércios físicos, houve a necessidade de reinventar a forma de oferecer produtos e serviços. Desta maneira, alguns setores apresentaram um crescimento durante este período, como: o delivery, os setores ligados ao teletrabalho (isso inclui lojas de mobiliário) e cursos online.
Uma das estratégias mais adotadas pelas empresas durante esse período foi a oferta de infoprodutos gratuitos, principalmente de cursos online, a fim de se mostrarem úteis e colaborativas com o público.
É preciso entender como o consumidor está se comportando neste momento para que seja possível compartilhar as melhores soluções para ele. Afinal, em tempos de crise, é essencial saber como se comunicar com o seu público. Por isso, separamos alguns dados importantes para você.
Consumo de mídia por geração
Cada geração tem um jeito favorito de consumir mídia. E uma vez que as pessoas estão passando mais tempo em casa, é fácil de entender que também houve um aumento no consumo de conteúdo em todas as gerações. A dúvida era por quais canais essas pessoas estão consumindo.
A pesquisa da Global Web Index fez o levantamento que trouxe dados importantes para compreendermos o comportamento do consumidor por suas faixas etárias.
- A geração Boomer (57 a 64 anos) aumentou o consumo de TV aberta e streaming. Já a geração X (38 a 56 anos), está consumindo mais TV e vídeos online.⠀
- Enquanto isso, os millennials (24 a 37 anos) optam principalmente por Streaming, lives, música, vídeos e jornais online.
- A geração Z (16 a 36 anos) estão consumindo mais vídeos online e serviços de streaming.
É importante ressaltar que mesmo com o aumento do consumo de conteúdo online, a televisão ainda é um meio de comunicação extremamente relevante para os brasileiros. Segundo o Diário do Comércio, 11 das 20 maiores audiências dos últimos cinco anos foram registradas durante a pandemia do Covid-19. Para 79%, a TV continua como o meio mais confiável para se obter informações sobre o novo coronavírus. A audiência durante a semana de 16 a 20 de março registrou aumento de 41 minutos na média consumida, e no fim de semana de 21 e 22 de março, o aumento foi de 1h26.
Quais os assuntos mais pesquisados?
Segundo o Google, as buscas no search do Youtube relacionadas ao termo “em casa” cresceram 123% no Brasil em comparação ao período anterior à quarentena. Aumentou-se também a procura por vídeos relacionados à saúde mental, notícias ao vivo, discussões sobre economia (tanto local quanto global).
Em pesquisa declarada, 30% disseram que assistiram ao Youtube na última semana e 40% afirmam que passaram mais de 3 horas do dia na plataforma. O maior consumo está em filmes, séries e humor; gastronomia e receitas; educação e cursos; exercícios físicos; conteúdo infantil e notícias.
Ainda nesta pesquisa do Google Survey, o aumento de pesquisa de conteúdo no Youtube se deu em 3 frentes: achar o equilíbrio entre a informação e a saúde mental; adaptar ou criar uma rotina para o isolamento, entender os impactos mais amplos na sociedade.
Quando falamos de economia, um fato interessante é o aumento da procura de conteúdos voltados para as finanças pessoais. O impacto na economia reflete na vida da maioria dos brasileiros, portanto, é comum que aconteça um aumento de interesse por esse assunto.
Com a busca deste equilíbrio da informação, cresceu a audiência de canais de mídia e também propagou-se o uso das lives. Em meio a tantas fake news, cresce a autoridade de canais oficiais e de pessoas que são referências na área. Só no período de 16 a 22 de março, as buscas por “Ministério da Saúde” aumentaram em 212%.
No maior buscador do mundo, aumentou-se a pesquisa por termos relacionados à vacina, sintomas e decisões governamentais relacionadas ao coronavírus. As perguntas giram em torno da busca de compreensão de como surgiu e o que é o vírus. Com a repetição do termo “O que fazer”, brasileiros buscaram as principais orientações referente aos sintomas do coronavírus.
Em geral, outro conteúdo que cresceu nas buscas foram o “Como fazer”. A necessidade de adaptarmos nossas rotinas, fez com que as pessoas buscassem mais coisas para fazerem enquanto estão em casa. Seja desde o exercício físico até mesmo como fazer pão, as pessoas buscam alternativas para ocuparem o seu tempo. Entre as principais pesquisas, somados ao termo “Como fazer”, estão: Bolo, máscara, chocolate, arroz, pão, pipoca, transferência, título de eleitor e pizza.
Aliás, neste cenário de “faça você mesmo” o Youtube sempre representou um papel importante, já que é uma mídia que oferece a facilidade audiovisual na hora de procurar um tutorial. Quem nunca foi procurar como resolver um problema no Youtube, não é mesmo?
Outro assunto bastante procurado está relacionado aos termos de solidariedade. As pesquisa por “Como ajudar” quadruplicou durante este período. Demonstrando a preocupação dos brasileiros desde o combate ao coronavírus até mesmo como ajudar a economia local.
Como isso impacta a minha marca?
Isso demonstra como as mídias onlines precisam se moldar constantemente às novas realidades apresentadas pelo público. O mundo em que vivemos está cada vez mais dinâmico. As pessoas estão cada vez mais protagonistas, passando de meras consumidoras à criadoras de conteúdo.
A pandemia também reforçou a importância dos papéis sociais das marcas. Hoje, cada vez mais as pessoas se importam com a forma em que as empresas se relacionam com elas. Um erro de posicionamento durante a crise pode custar muito caro para uma empresa.
Por isso, quando for criar conteúdo para a sua marca durante a pandemia, atente-se aos seguintes pilares:
- Estou sendo um exemplo para a mudança do cenário?
- Meu conteúdo informa de maneira precisa, prática e realista?
- Estou usando meu conhecimento para simplificar a vida e solucionar as dúvidas do meu público?
- Ofereço algum tipo de enfrentamento à crise?
- Estou reduzindo a ansiedade do meu público de maneira otimista, sem ignorar a suas preocupações?
Quando você entende o seu interlocutor e oferece soluções para ele, a sua imagem e reputação só tem a ganhar, pois o relacionamento com o público deve sempre ser a prioridade de qualquer marca que quer ser reconhecida no mercado.
E então, como tem sido a sua forma de se comunicar com seus públicos durante essa pandemia?